"सेम नोस पोदेर्मोस कोन्हेसर अ नोस प्रोप्रिओस,
नो पोदेमोस आईआर अलेम
दा मेंते।"
जिद्दु kरिश्नामुर्ती









Que todos os Seres de todos os mundos sejam Felizes!

A meio passo da loucura

e a palmo e meio da cura

Respirar o verbo Ser...

Partindo sem ter chegado...

Chegando sem ter partido!

Abre-se a planta...
...e o botão tímido canta...
Um uníco verso...






" सेम नोस कोन्हेसर्मोस अ नोस प्रोप्रिओस,
नो पोदेमोस आईआर अलेम दा मेंते।"
जिद्दु कृष्णमूर्ति



LOKHAA SAMASTAA SUKHINO BHAVANTU


“Não há outra felicidade neste mundo
Senão o estar livre do pensamento
De que eu sou diferente de Ti.
Que outra felicidade existe?
Como sucede, pois, que este devoto teu
Ainda caminhe pela via errónea?”

Śiva-Stotra-Avalī (4.17) de Utpaladeva




Prece Universal:)

LOKHAA SAMASTAA SUKHINO BHAVANTU (x3)

(Que Todos os Seres de Todos os Mundos Sejam Felizes:)




SHIVA SŪTRAS



Os Shiva Sutras são um tratado de Yoga que surgiu no final do séc. VIII e início do séc. IX da nossa era. Conta a história que foram transmitidos por Shiva a Vasugupta enquanto este sonhava. Existem várias traduções, a que se segue é considerada a mais completa e antiga, realizada por Kshemarája.








Secção 1 – Śambhavopaya

A plena realização sem esforço pela mera sugerência de que somos Shiva



1. Caitanyam ātmā
A consciência que tem a liberdade absoluta de conhecer o todo e de obrar da maneira que lhe agrade é o Ser ou a natureza da Realidade.



2. Jñānam Bandhah

A ignorância da nossa natureza Real (conhecimento curto ou limitado) é a causa da escravidão (do ser empírico).



3. Yonivargah kalāśāriramMāyiya mala (Yonyvargah) Kārma mala (Kalāśāriram)

são também a causa da escravidão.



4. Jñānadhiśthānam mātrikā

É a Mãe não compreendida, ou o poder do som inerente ao alfabeto, o que constitui a base do conhecimento limitado (em forma de ānava, māyiya e kārmamala).


5. Udyamo Bhairavah

Um fulgor ou florescimento repentino da consciência transcendental é Bhairava ou Śiva.



6. Śakticakrasamdhāne viśvasamhārah

Pela união com o todo formado pela colectividade das Śakti, mediante o mantimento de uma consciência fixa e continuada, produz-se a desaparição do universo como algo separado da consciência.



7. Jāgratsvapnasusuptabhede turyābhogasāmbhavah

Ainda durante os três diferentes estados da consciência, na vigília, o sono e o sono profundo, permanece a beatífica experiência da Consciência do Eu do quarto estado. 8. JñānamjāgratTodo o conhecimento obtido pelo contacto directo com o mundo exterior está incluído (em sentido amplo) na categoria do estado de vigília da consciência (no qual o sujeito está em contacto com o mundo objectivo que o rodeia em qualquer plano).


9. Svapnovikalpāh

Todo o conhecimento obtido por meio da actividade independente da mente, quando o sujeito não está em contacto directo com o mundo exterior, está incluído na categoria de svapna ou estado de sono da consciência.


10. Aviveko māyāsausuptam

A falta de consciência em qualquer plao é o sono profundo da falsa ilusão.

11. Tritayabhoktā vireśah

Sendo um desfrutador do êxtase da Consciência do “Eu” na tríade (vigília, sono e sono profundo), ele é na verdade o dono dos seus sentidos.


12. Vismayo Yogabhúmikāh

Os rituais e etapas do Yoga constituem uma maravilha fascinante.


13. Iccā śaktir umā kumāri

O poder da vontade do Yogi que está em comunhão com Śiva é Umā, o esplendor de Śiva que é Kumāri.


14. Driśyam Śariram

Todos os fenómenos objectivos externos ou internos são como o seu próprio corpo.


15. Hridaye cittasamghattād driśyasvāpadarśanam

Quando a mente se une ao núcleo da consciência, todo o fenómeno observável, e inclusive o vazio aparecem como uma forma da Consciência.



16. Śuddha-tattva-samdhānād vā apaśuśaktih

Ou mantendo-se constantemente consciente do Principio Puro, ele chega a ser como alguém no qual está ausente o poder escravizado existente no ser limitado.


17. Vitarka ātmājñānam

A firme consciência de que eu sou Śiva, constitui o conhecimento do ser.


18. Lokānandah Samādhisukham

O deleite que o yogi experimenta ao manter-se estabelecido na sua natureza de conhecedor, tanto com respeito ao sujeito como ao obj, no mundo, é o seu deleite do samādhi.



19. Śaktisamdhāne Śarirotpattih


Quando, com total e exclusiva concentração, o yogi se une plenamente com a icchā śakti, então ele pode adquirir o poder de criar qualquer classe de corpo, segundo o seu desejo.



20. Bhūtasamdhāna-bhūtaprithaktva-viśvasamghattāh


Os outros poderes sobrenaturais do Yogi são: o poder de unir ou juntar elementos ou partes de tudo o que existe, i.e., o poder sintético; o poder de separar elementos do existente, i.e., o poder analítico e o poder de juntar tudo, o que o espaço e o tempo desfizeram.



21. Śuddhavidyodayāccakreśatva-siddhih

A plena aquisição do domínio sobre o conjunto das śaktis (energias) faz com que tudo apareça como o próprio Ser.


22. Mahāhradānusamdhānānmantravīryānubhavah

Por meio da união com o grande lago, a reserva infinita de Poder Eterno, ele tem a experiência da Suprema Consciência do Eu, a qual é a fonte geratriz de todos os mantras.





Secção 2 - Śaktopāya


A plena realização através da energia primordial (Śakti) e do conhecimento (Jñāna).





1. Cittam mantrah

Por meio de uma consciência intensamente mantida de que somos idênticos à Realidade Suprema entrosada num mantra e, desta maneira, fazendo-se idêntica a essa Realidade, a mente mesma se converte em mantra.






2. Pratyatnah Sādhakah


A aplicação rigorosa, entusiasta e espontânea do Yogi é eficaz para lograr o fim perseguido.






3. Vidyāśarira-sattā mantrarahasyam


O Ser luminoso da perfeita Consciência do Eu inerente à multidão de palavras, cuja essência consiste no conhecimento do não-dualismo supremo, é o segredo do mantra.






4. Garbhe Cittavikāso viśistavidyāsvapnah


A eles lhes é conferida a satisfação mental nos poderes limitados māyicos, os quais são só uma forma de conhecimento inferior, corrente e vulgar que é confuso como um sonho.






5. Vidyāsamutthāne Śvābhāvike Khecari Śivāvasthā


Ao surgir espontaneamente o conhecimento supremo, produz-se, na vasta e ilimitada extensão da Consciência, esse estado de movimento que é o estado de Śiva, i.e., o Estado Absoluto da Realidade.






6. Gururupāyah


Só o guru que alcançou a realização do Ser pode ajudar o aspirante a adquiri-la.






7. Matrikācakrasambodhah


De um guru realizado recebe-se a iluminação com respeito ao grupo das letras.






8. Śariram havih


O corpo é a oblação ritual.






9. Jñānam annam


O conhecimento viciado, limitado, que é a causa da escravidão é o alimento que há de ser devorado.






10. Vidyāsamhāre taduttha-svapna-darśanam


Ao decair śuddha vidyā (conhecimento puro supra-mental) produz-se a aparição de toda a classe de pensamentos que surgem dele.








Secção 3 - Ānavopāya


A plena realização através dos sentidos (jnānendriya), da energia (prāna) e dos pensamentos
(manas).






1. Ātmā Cittam

O ser individual é a mente (constituída por buddhi, ahamkāra e manas).



2. Jñānam bandhah

O conhecimento limitado nascido da mente é uma fonte de escravidão.



3. Kalādīnām tattvānām aviveko māyā

A falta de discernimento com respeito aos tattva como kalā, etc., é māyā.



4. Śarire Samhārah Kalānām

A dissolução das diversas partes dos tattva no corpo denso, subtil e causal deveria ser praticada por meio de Bhāvanā (imaginando-nos que estamos de um determinado modo).



5. Nādi-samhāra-bhūtajaya-bhūtakaivalya-bhūtaprithaktvāni

A dissolução no suśumnā do fluxo do prāna que circula pelos canais nervosos, o controle sobre os elementos, a retirada da mente dos elementos e o separar-se dos elementos hão de ser conquistados pelo Yogi.



6. Mohāvaranāt siddhih

O poder sobrenatural é devido ao véu estendido pela ignorância.




7. Mohajayād anatābhogāt sahajavidyājayah

Mediante uma derrota em todos os âmbitos da enganosa Māyā obtém-se o domínio do conhecimento natural e inerente da Realidade.


8. Jāgrat-dvitīya-karah

Ele é aquele que sempre está desperto.



9. Nartaka ātmā

Tal ser que realizou a sua natureza essencial espiritual é um Ser que é só um actor (no cenário do mundo).



10. Rango ‘ntarāmā

A alma interior constitui o cenário do Ser que é o actor.





11. Preksakāni indriyāni
Os sentidos (do yogi) são os espectadores (da sua actuação).



12. Dhivaśāt Sattva-siddhih

Por meio da inteligência espiritual superior, produz-se a realização da Luz do Ser.



13. Siddhah svātantrabhāva

Logra-se a liberdade.



14. Yathā tatra tathā anyatra

Do mesmo modo que ele (o yogi) pode manifestar a Liberdade no seu próprio corpo, igualmente pode fazê-lo noutro sítio.



15. Bijāvadhānam

Ele deveria prestar total atenção à Luz activa da Consciência, a fonte do mundo.



16. Āsanasthah sukham hrade nimajjati

Estabelecido no poder supremo da divina Śakti, ele está comodamente submergido no oceano da imortalidade.


17. Svamātrānirmānam āpādayati

Ele pode produzir formas de acordo com esse grau ou aspecto da Consciência que é criativo e no qual está estabelecido.



18. Vidyā-avināśe janma-vinaśah

Quando a pura Consciência já não desaparece, desvanece-se para ele por completo a possibilidade de outro nascimento.



19. Kavargādisu māheśvaryādyāh pāśu-mātarahMāreshvari


e outras divindades, que têm o seu campo de acção no grupo dos fonemas “ka” e outros grupos de letras são as mães dos seres limitados e convertem-se em suas divindades reitoras.



20. Trisu caturtham tailavad āsecyam

O quarto estado (turyā) deveria verter-se, como (um fluxo ininterrupto) azeite, sobre os outros três (vigilia, sono e sono profundo).



21. Magnah svacittena praviśet

Um deveria entrar nele, mergulhando, com a consciência absorta no Eu interior, sem pensamento algum.



22. Prāna-samācāre samadarśanam

Quando o prāna do Yogi se expande lenta e adequadamente, ele tem a consciência de que tudo é o mesmo, i.e., tem a consciência de unidade.


23. Madhye’vara-prasavah

Na fase intermédia, surgem estados inferiores da mente.

24. Mātra-svapratyaya-samdhāne nastasya punarutthānam

Quando o Yogi une a Consciência do Eu real aos objectos, o estado de transcendência de consciência que havia desaparecido aparece de novo.



25. Śiva-tulyo jāyate

Tal Yogi chega a ser como Śiva.



26. Śariravrittir Vratam

O permanecer no corpo é, por sua parte, realizar um acto piadoso.



27. Kathā japah

Sua conversação constitui o sussurro de uma prece.



28. Dānam ātmajñānam

O conhecimento do Ser é o dom que ele esparge (ao seu redor).


29. Yo’vipastho jñāhetuśca

Aquele que está estabelecido no grupo de Śaktis (que adquiriu domínio sobre as śaktis) serve, na verdade, como instrumento da sabedoria.



30. Svaśakti-pracayo’sya viśvam

O universo é a manifestação do seu poder.



31. Sthiti-layau

A manutenção do estado de manifestação e sua reabsorção são também uma manifestação do seu poder.



32. Tat pravrittau api anirāsah Samvetr-bhāvāt

Apesar da manutenção e a dissolução do mundo se sucederem uma à outra, não pode haver interrupção na consciência do yogi, pois ele é o conhecedor ou Sujeito.

33. Sukha-duhkhayor bahirmananam

Este Yogi considera o prazer e a dor como algo externo.


34. Tadvimuktastu kevali

Estando completamente livre da influência do prazer e da dor, ele está só – plenamente estabelecido no seu Ser real como pura Consciência.


35. Mohapratisamhatas tu Karmātmā

Mas alguém que tenha feito uma massa compacta de falsa ilusão tem um invólucro de boas e más acções.



36. Bheda-tiraskāre sargāntara-kārmatvam

Ao desaparecer a diferença, vem-lhe a capacidade de criar um reino da natureza e uma variedade de vida distintos.



37. Karanaśaktih svato’nubhavāt

Um pode dar-se conta da sua capacidade de criatividade baseando-se na sua própria experiência.


38. Tripad ādy anuprānanam

Deveria produzir-se a estimulação dos três estados por meio do principal (que é a svātantrya sākti, cheia de deleite criativo).



39. Chittasthitivaccharira-karana-bāhyesu

Tal como no caso dos estados da mente, também no corpo, nos órgãos e nos objectos externos, deveria haver uma visualização com deleite da Consciência transcendental.




40. Abhilāsat bahirgatih samvāhyasya

À causa de uma sensação de carência e de desejo, produz-se a extroversão do indivíduo empírico, que é arrastado de uma forma de existência a outra.




41. Tadārūdhapramites tatksayāj jīvasamksaya

Com a finalização do desejo do Yogi cuja consciência está firmemente estabelecida no quarto estado (turya), tem lugar a finalização do estado de indivíduo empírico.




42. Bhūta-Kañcuki tadā vimukto bhūyah patisamah parah

Então (ao finalizar o desejo), ele usa o corpo de elementos densos simplesmente como capa e, havendo-se libertado é, em grau superlativo, como Śiva, a Realidade perfeita.



43. Naisargikah prānasambandhah

O enlace da força vital universal (com o corpo) é natural.



44. Nāsikā-antarmadhya-samyamāt, kimatra, savyāpasavya-sausumnesu

Em todos os canais: idā (esquerda), pingalā (direita) e suśumnā (centro), existe a prāna śakti. Mediante a prática constante de manter-se consciente da Realidade que está no centro do estado interior da prāna śakti, permanece a consciência dessa Realidade central – a Consciência do “Eu” Supremo - em todas as circunstâncias e em todas as condições.



45. Bhūyah syāt pratimīlanam

No caso deste Yogi, a consciência da Divindade mantém-se permanentemente, tanto interna como externamente.



 


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